
O recente acordo que pôs fim ao conflito entre Israel e o Hamas teve um protagonista inesperado: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apontado como fiador da proposta que assegurou a libertação de reféns e o cessar-fogo na Faixa de Gaza, o líder americano recebeu agradecimentos públicos de ambos os lados do conflito.
O jornal israelense The Jerusalem Post destacou Trump em sua capa desta sexta-feira (10) com uma homenagem simbólica. A imagem exibe a silhueta do presidente formada pelos rostos dos reféns ainda em poder do Hamas, acompanhada da legenda: “He’s bringing them home” (“Ele está trazendo-os para casa”).
A publicação também citou uma frase emblemática da ex-primeira-ministra Golda Meir: “Talvez ainda seja cedo para dizer ‘após o fim da guerra’, pois estamos vivendo sob um cessar-fogo.”
De acordo com o acordo firmado sob mediação norte-americana, o Hamas se comprometeu a libertar os reféns em etapas, enquanto Israel deverá cessar os ataques e libertar cerca de 250 prisioneiros palestinos condenados à prisão perpétua, além de outros 1.700 detidos após os ataques de outubro de 2023.
Embora tenha expressado agradecimento a Trump pela intermediação, o Hamas demonstrou cautela e teme que Israel não cumpra todas as etapas previstas após a libertação dos reféns — o que poderia enfraquecer sua posição política e militar. Por isso, o grupo solicita que os Estados Unidos atuem como garantidores do cumprimento integral do acordo, incluindo a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza.
Nas redes sociais, vídeos de moradores da Faixa de Gaza agradecendo a Trump viralizaram, muitos deles repetindo em inglês a frase: “I love you, Donald Trump.”