
Desempregada e sem conseguir apoio imediato do sistema público de saúde, Tatiane, mãe do pequeno Maycon Gabriel, faz um apelo comovente por ajuda. O bebê, de apenas três meses, precisa de um leite especial que custa R$ 300 a lata — e consome 12 por mês.
“Não sei mais a quem recorrer”, desabafa Tatiane, mãe do pequeno Maycon Gabriel, de três meses, que enfrenta uma batalha diária para garantir a alimentação do filho. O bebê foi diagnosticado com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), condição que o impede de consumir qualquer fórmula comum e exige o uso de um leite especial, o Neocate, baseado em aminoácidos. A lata custa R$ 300 e dura pouco mais de dois dias.
Tatiane criou uma vaquinha online para arrecadar o valor necessário até que o Sistema Único de Saúde (SUS) libere oficialmente o fornecimento do alimento, por meio da farmácia de alto custo. Enquanto isso não acontece, a família — que sobrevive com a renda do pai da criança — luta para não deixar Maycon sem o único alimento que seu organismo tolera.
Um histórico de tentativas frustradas
A gestação de Maycon já foi complicada: prematuro, ele nasceu com 35 semanas e 5 dias após a mãe enfrentar hipertensão. Devido à cirurgia bariátrica feita anos antes, Tatiane não conseguiu amamentar o suficiente, e precisou iniciar o uso de fórmulas nos primeiros dias de vida.
A partir daí, começou o sofrimento: Nan, leite de soja, fórmulas veganas, leite hidrolisado, leite de arroz — todas as opções resultaram em reações alérgicas graves, como cólicas intensas, vômitos, diarreia e lesões na pele. Apenas o Neocate, um alimento à base de aminoácidos, conseguiu aliviar os sintomas.
SUS ainda não deu resposta
Tatiane explica que já procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS), conseguiu laudos da nutricionista e do médico da família, além de solicitar o encaminhamento urgente para alergista e gastropediatra. Ainda assim, o processo para conseguir o leite gratuito pelo governo está em andamento e sem prazo definido.
“Mesmo com laudo médico atestando a alergia, não conseguimos ainda receber o leite. Até a resposta, meu filho não pode ficar sem se alimentar”, conta a mãe. Como alternativa, ela já se prepara para entrar com um processo pela Defensoria Pública, caso o pedido seja negado.
Um apelo por solidariedade
Com o custo mensal estimado em R$ 3.600, a família não tem condições de manter o tratamento sozinha. Tatiane já cuida de dois outros filhos com necessidades especiais: Breno, de 11 anos, com TDA, e João, de 3 anos, com TEA. Diante do cenário, a vaquinha foi a única saída possível.
“Peço ajuda com o coração apertado. Qualquer valor pode fazer a diferença para o meu filho não passar fome. Agradeço de coração a todos que puderem ajudar”, escreveu Tatiane na descrição da campanha.
Como ajudar
Quem quiser contribuir pode acessar a vaquinha virtual (link disponível mediante solicitação) ou entrar em contato diretamente com Tatiane. Além disso, doações de latas do leite Neocate ou apoio jurídico também são bem-vindos.

