
O vereador de Cuiabá, Chico 2000, negou nesta terça-feira (16) qualquer intenção de deixar o Partido Liberal (PL), mesmo enfrentando rejeição dentro da sigla desde as eleições municipais de 2024. Na ocasião, Chico buscava ser candidato a prefeito, mas foi preterido em favor de Abilio Brunini, que venceu com ampla vantagem.
A resistência interna aumentou no início deste ano, quando Chico tentou se reeleger presidente da Mesa Diretora da Câmara, contrariando a proposta histórica de criar uma Mesa totalmente feminina pela primeira vez.
A situação do vereador se complicou ainda mais em abril, com a deflagração da Operação Perfídia, que investigou suposto recebimento de propina envolvendo a empresa responsável pelas obras do Contorno Leste. Ele e o vereador Sargento Joelson ficaram afastados do cargo por quatro meses, retornando apenas neste mês por decisão judicial. A denúncia partiu do próprio Abilio Brunini, enquanto deputado federal.
Na época da operação, o presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, chegou a dar “carta de anuência” para que Chico deixasse a sigla, proposta que, até o momento, não foi concretizada.
Em entrevista na Câmara, Chico 2000 reafirmou que permanecerá no partido, mas acabou gerando polêmica ao comentar que tem sido “cortejado” por outras legendas. Questionado por um jornalista sobre a comparação com mulheres bonitas, o vereador respondeu: “Mas ela só dá quando quer, né?”, frase criticada por seu teor machista.