
A vice-prefeita de Ribeira, Juliana Teixeira (MDB), que também ocupa o cargo de secretária de Saúde desde 2020, foi afastada pela Justiça sob suspeita de ter utilizado cerca de R$ 41 mil dos cofres públicos para custear um ritual de “amarração amorosa” com um servidor da prefeitura. A decisão foi tomada pelo juiz da Vara Única de Apiaí, Yuri Barberino, no dia 4 de agosto.
De acordo com denúncia do Ministério Público de São Paulo, o valor teria sido repassado por meio de uma empresa prestadora de serviços a uma vidente conhecida como “Mentora Samantha”, com o objetivo de realizar o ritual envolvendo o coordenador de Saúde do município, Lauro Olegário Filho — que também foi afastado.
O magistrado argumentou que a permanência dos acusados nos cargos representaria risco à apuração, podendo levar à obstrução das investigações e à intimidação de testemunhas, todas servidoras públicas.
As investigações apontam ainda para a existência de uma suposta associação criminosa que teria atuado entre 2021 e 2024, com indícios de direcionamento de licitações, uso de documentos falsos, falsidade ideológica e peculato. Juliana, Lauro e os responsáveis pela empresa foram denunciados por improbidade administrativa.
Até o momento, a vice-prefeita, o coordenador de Saúde e o prefeito de Ribeira não se pronunciaram sobre o caso.