Redação 
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VÍDEO: Dono da Quebrada é preso novamente em Cuiabá por descumprir medidas cautelares
O principal investigado da Operação Ludus Sordidus, deflagrada em 21 de agosto, Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, conhecido como “Dono da Quebrada”, foi preso novamente na manhã desta segunda-feira (8), em Cuiabá, por descumprir medidas cautelares.
Sebastião cumpria prisão domiciliar e utilizava tornozeleira eletrônica, mas continuava articulando práticas ilícitas. Ele é proprietário de um time de futebol amador na capital e, segundo a Polícia Civil, liderava um grupo criminoso envolvido em jogos de azar, estelionatos, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, ligado a uma facção.
A juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias de Cuiabá, determinou a nova prisão após constatar que Sebastião manteve reuniões com integrantes da facção no bairro Osmar Cabral, mesmo estando monitorado. A investigação aponta que ele monopolizava atividades criminosas em bairros conhecidos como “quebrada”, utilizando a fachada de ações sociais e a presidência do time de futebol para legitimar sua atuação.
Além do descumprimento das medidas, a polícia identificou que Sebastião recebia 10% dos lucros de plataformas de apostas ilegais e valores oriundos de tráfico e golpes aplicados em sites de compra e venda pela internet. Entre os subordinados, um deles chegou a dissolver uma reunião de bairro mediante ameaças, enquanto outro promoveu extorsões a comerciantes em Várzea Grande e Rondonópolis.
No total, a Operação Ludus Sordidus cumpriu 38 ordens judiciais: 10 mandados de prisão preventiva, 8 de busca e apreensão, 8 de sequestro de imóveis e 12 de bloqueio de contas e valores, totalizando mais de R$ 13,3 milhões. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e Nova Odessa (SP).
As investigações começaram em dezembro de 2023, após a tentativa de impedir uma reunião comunitária no bairro Jardim Liberdade, que foi interpretada como um evento político por conta da presença de autoridades e da pré-candidatura de um familiar de um dos investigados. A partir desse episódio, a GCCO/Draco instaurou inquérito e conseguiu mapear a atuação da facção na região, comprovando a estrutura criminosa e o envolvimento direto de Sebastião nas atividades ilícitas.
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