Após decisão do governo norte-americano de taxar em 50% exportações brasileiras, ministro da Agricultura afirma que país já atua para ampliar destinos e proteger setores estratégicos como carne, café e suco de laranja
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, classificou como “ação indecente” a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma taxação de 50% sobre produtos de exportação brasileiros. Em resposta imediata, o ministro afirmou que o Brasil já está agindo de forma proativa para reduzir os impactos econômicos da medida e proteger o agronegócio nacional.
Segundo Fávaro, ele já entrou em contato com lideranças dos três setores mais afetados — suco de laranja, carne bovina e café — para articular ações conjuntas. “Liguei para as principais entidades representativas desses setores para reforçar a estratégia que já vem sendo conduzida desde o início do governo Lula: ampliar mercados, reduzir barreiras comerciais e garantir oportunidades de crescimento para a agropecuária brasileira”, destacou.
Diante do aumento das tarifas norte-americanas, o Ministério da Agricultura vai intensificar esforços diplomáticos e comerciais para expandir a presença brasileira em mercados estratégicos. Fávaro citou o Oriente Médio, o Sul da Ásia e países do Sul Global como destinos prioritários.
“Esses mercados têm alto potencial consumidor e podem se tornar alternativas concretas e sustentáveis para nossos produtos. Vamos reforçar a presença diplomática e comercial nessas regiões. As ações de reciprocidade já estão sendo tomadas no campo internacional e aqui no MAPA também agiremos com firmeza”, afirmou o ministro.
Carlos Fávaro reforçou que o Ministério da Agricultura é “a casa da agropecuária brasileira” e que continuará atuando lado a lado com os produtores rurais. A promessa é de medidas firmes, articuladas com o Itamaraty e com as entidades de classe, para defender a competitividade do Brasil no cenário global.
“Estamos juntos e vamos superar este momento difícil. O agro brasileiro é forte, tem qualidade reconhecida internacionalmente e continuará avançando com inteligência, diplomacia e união”, concluiu o ministro.
