Redação 
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Vídeo: Espancada pelo namorado, Juliana tem rosto desfigurado e precisa de cirurgia
Juliana hoje não consegue mais falar. Com o rosto fraturado e a mandíbula comprometida, a jovem precisou prestar depoimento por escrito. Cada palavra no papel carrega a dor de quem sofreu uma violência brutal — e que poderia ter sido evitada.
Ela foi espancada por mais de sessenta vezes com socos no rosto. Vai precisar de cirurgia. Vai precisar de tempo. Vai precisar de justiça.
O autor da agressão é Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador da seleção brasileira de basquete 3×3, com histórico em competições internacionais, Liga Nacional e até participação nos Jogos Olímpicos. Mas foi fora das quadras que Igor revelou um comportamento marcado por possessividade e desequilíbrio. Segundo a vítima, o motivo da agressão teria sido ciúmes — após o agressor ter lido uma conversa sem qualquer conotação romântica entre Juliana e um amigo.
Vídeo do caso
Depois de destruir o celular dela, jogando-o na piscina, Igor a aguardou no bloco do condomínio onde moravam. Quando ela subiu por outro elevador, foi surpreendida. Encurralada, ameaçada de morte e espancada.
“Ele disse que eu ia morrer. E começou a me bater sem parar”, relatou Juliana, em depoimento por escrito à polícia, já que não consegue articular palavras por conta dos ferimentos.
Juliana também revelou que essa não foi a primeira demonstração de agressividade por parte de Igor — um histórico que, infelizmente, não havia ganhado a atenção devida até agora.
A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), em Natal, investiga o caso. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva. O agressor segue detido enquanto testemunhas são ouvidas e provas técnicas são reunidas.
Enquanto a justiça segue seu curso, Juliana enfrenta uma recuperação longa — física e emocional. E, mais uma vez, o país assiste a uma história marcada pela violência de gênero que insiste em se repetir, mesmo diante de tantas campanhas, leis e promessas de proteção.
Juliana sobreviveu. Mas não saiu ilesa. Carregará no corpo e na memória as marcas de uma violência que, como tantas outras, poderia ter sido evitada.
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