
O morador de Dom Eliseu, no Pará, que viralizou nas redes sociais após aparecer em um vídeo supostamente pedindo atendimento médico para retirar uma cenoura do ânus, quebrou o silêncio nesta semana e desmentiu publicamente a versão que circulou online. Em um novo vídeo, Erivelton classificou a história como uma “mentira caluniosa” e afirmou que está sofrendo graves consequências pessoais e psicológicas após a exposição indevida.
“Isso tudo é mentira. Eu nunca coloquei nada no meu corpo como foi inventado. A dor foi tão grande que eu surtei, e alguém que não sabia o que estava acontecendo me filmou e espalhou isso como se fosse verdade”, declarou, visivelmente abalado.
Segundo ele, o que realmente aconteceu foi uma crise de dores abdominais, enquanto lavava roupas em casa, que culminou em um episódio de surto psicológico. Ao procurar socorro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, foi filmado sem consentimento por alguém que teria divulgado a gravação junto com uma narrativa falsa, que rapidamente se espalhou nas redes sociais.
Desde então, Erivelton relata que passou a sofrer constrangimentos públicos. “As pessoas riem de mim, zombam. Me chamam de ‘rapaz da cenoura’. Isso destruiu a minha imagem”, desabafou.
Ele ainda criticou a forma irresponsável com que a história foi tratada nas redes: “Quem fez isso não apurou os fatos, inventou uma história absurda e espalhou na internet, acabando com a vida de um ser humano. Isso merece um processo.”
O caso levanta debate sobre os limites da exposição digital, ética no compartilhamento de vídeos de terceiros, e os impactos reais das fake news sobre a dignidade de pessoas comuns.