
A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou na última sexta-feira (4) a prisão preventiva do casal Elaine Silva Ribeiro Falci e Alexander Falci, de Juína (a 800 km da capital), acusado de aplicar golpes em empresas do ramo de vestuário utilizando uma “empresa fantasma”.
O casal responde a processo por estelionato, conforme denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), e terá de cumprir medidas cautelares enquanto responde em liberdade. Entre elas: não podem mudar de endereço sem autorização judicial, devem manter seus dados de contato atualizados e prestar informações remotamente a cada dois meses sobre suas atividades. Também estão proibidos de cometer novas infrações.
Na decisão, a juíza reconheceu que há indícios de autoria e materialidade do crime, mas avaliou que não há provas de que os réus, soltos, representem risco à investigação ou à ordem pública. “Não consta dos autos que os réus tenham interferido de algum modo na investigação policial”, pontuou.
Acusação de golpe com empresa em nome de “laranja”
Segundo o MPE, o casal teria utilizado a empresa Comercial Dardanellos Ltda, registrada em nome de um “laranja”, para adquirir confecções de outras empresas sem intenção de pagar. O homem apontado como proprietário formal da empresa negou, em depoimento, ter qualquer envolvimento ou conhecimento da transação.
A investigação aponta que os crimes ocorreram entre 2016 e 2017, com prejuízos que somam pelo menos R$ 88,3 mil a seis empresas de diferentes Estados. A empresa usada no esquema teria sido comprada de outro casal – Isaques Pedro Rosa e Dalvane Santana – já condenados por lavagem de dinheiro.
O processo segue em andamento na Justiça.