
Trabalhadores protestaram em frente à empresa Locar, cobrando melhores condições e intervenção da Prefeitura
Na manhã desta segunda-feira (7), funcionários da empresa Locar Gestão de Resíduos, responsável pela limpeza urbana de Cuiabá, paralisaram os serviços em protesto contra o que classificam como assédio moral e condições degradantes de trabalho. A mobilização ocorreu entre 5h e 7h em frente à sede da empresa, onde os trabalhadores se reuniram com faixas e cartazes exigindo respeito, valorização profissional e providências urgentes por parte da Prefeitura de Cuiabá.
Entre as principais denúncias, os garis destacaram o estado precário da frota de caminhões de coleta de lixo. Segundo relatos, há veículos com portas presas por pedaços de madeira, retrovisores amarrados com arames, estribos danificados e diversos caminhões fora de operação por falhas mecânicas.
“São quase 10 caminhões parados no pátio e outros seis na oficina. Os poucos que estão rodando apresentam sérias falhas que colocam nossas vidas em risco. É deplorável trabalhar nessas condições”, disse um dos trabalhadores.
Os cartazes levados ao ato traziam mensagens como: “Pelo fim do trabalho degradante. Pelo fim do assédio moral cometido pela empresa Locar”. Outro protesto pedia diretamente a intervenção do prefeito Abilio Brunini, cobrando uma reavaliação do contrato firmado com a Locar.
Além das condições dos veículos, os trabalhadores denunciaram o não pagamento correto de horas extras, jornadas exaustivas e o número reduzido de funcionários por caminhão. “Só dois garis por caminhão, isso sobrecarrega as equipes e torna tudo mais perigoso”, afirmou outro manifestante.
Em nota, a Locar afirmou que não há justificativa para o protesto, garantindo que os salários e obrigações trabalhistas estão em dia. No entanto, a empresa não comentou as denúncias sobre assédio moral, jornada excessiva e frota sucateada.
A empresa atribuiu o atraso na coleta de lixo nesta segunda-feira à atuação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana (Sindilimp-MT), Wenderson Alves de Freitas, que, segundo a nota, teria impedido a saída dos caminhões.