Um crime brutal cometido por um adolescente de 14 anos chocou a cidade de Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro. O jovem confessou ter assassinado o pai, a mãe e o irmão mais novo, de apenas 3 anos de idade, durante a madrugada do último sábado (21), enquanto todos dormiam. Ele relatou com frieza que não se arrepende e que “faria tudo de novo”.
De acordo com a Polícia Civil, o adolescente utilizou uma arma de fogo registrada em nome do pai, que era caçador, atirador e colecionador (CAC). Ele disparou na cabeça dos pais e no pescoço do irmão mais novo. Segundo o próprio relato, o menino de 3 anos foi morto para “não sofrer com a perda dos pais”.
Após os crimes, o jovem arrastou os corpos para a cisterna da casa e tentou ocultá-los. Ele ainda limpou vestígios de sangue e utilizou produtos químicos para tentar disfarçar o odor. Por dois dias, o adolescente manteve a casa trancada, até que uma avó paterna procurou a polícia para registrar o desaparecimento da família, relatando uma história sobre um suposto acidente doméstico com o irmão mais novo.

As investigações começaram logo depois, e a perícia encontrou manchas de sangue e sinais de queimaduras no imóvel. Na sequência, os corpos das três vítimas foram localizados dentro da cisterna.
Durante o depoimento, o adolescente se manteve calmo e sem demonstrar arrependimento. Ele declarou que vinha planejando o crime e afirmou que repetiria os assassinatos, caso tivesse oportunidade.
A polícia trabalha com duas linhas principais de motivação para o crime. A primeira seria a proibição, por parte dos pais, de que o jovem viajasse para Mato Grosso, onde pretendia encontrar uma adolescente de 14 anos, com quem se relacionava virtualmente após se conhecerem em jogos online. A segunda hipótese envolve interesse financeiro: durante as apurações, a polícia encontrou no celular do adolescente pesquisas sobre como sacar o FGTS de pessoas falecidas, informação que levanta a suspeita de que o crime também teria sido motivado por dinheiro.
O adolescente foi apreendido e responderá por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver. Ele será submetido a avaliação psicológica e permanece à disposição da Justiça.
