
O casal Cesar Jorge Sechi e Junienere Goular Bentos foi preso nesta sexta-feira (9) acusado de mandar matar o advogado Renato Nery, de 72 anos, executado em julho do ano passado em Cuiabá. Segundo informações apuradas pela Polícia Civil, os dois teriam pago R$ 150 mil a policiais militares e a um caseiro para cometer o crime.
Além do valor em dinheiro, o casal também teria entregado diversas joias como parte do pagamento aos envolvidos na execução. As investigações apontam que a arma utilizada no assassinato foi fornecida pelos próprios mandantes.
Cesar e Junienere foram detidos em casa, dentro de um condomínio de luxo em Primavera do Leste (MT). Eles devem passar por audiência de custódia e, em seguida, serão transferidos para a capital, Cuiabá.
De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação do crime seria uma disputa por propriedades avaliadas em mais de R$ 30 milhões. Renato Nery representava interesses que contrariavam o casal.
Junienere é proprietária de uma empresa de joias e, nas redes sociais, ostenta viagens internacionais, veículos de luxo e ambientes sofisticados. A Polícia Civil também investiga se os bens da empresária foram utilizados para financiar outras atividades ilícitas.
O crime
Renato Nery foi alvejado a tiros na manhã do dia 5 de julho de 2023, em frente ao próprio escritório, no centro de Cuiabá. Ele chegou a ser socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
Desde então, a DHPP realizou diversas diligências, análises periciais e levantamentos técnicos para identificar os autores e mandantes do crime, culminando nas prisões desta sexta-feira.
As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes da execução e a participação de outros envolvidos.