
. O movimento exige melhores condições de trabalho, valorização salarial e o fim do confisco das aposentadorias e pensões dos servidores.
A próxima terça-feira, 23 de abril, será marcada por uma paralisação nacional da educação. Em Mato Grosso, o movimento será liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT), com ato marcado para às 8h30, em frente à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no Centro Político e Administrativo de Cuiabá. Nos demais municípios, as manifestações serão organizadas pelas subsedes locais.
A mobilização tem como foco a resistência contra a privatização da educação pública, a desvalorização da carreira docente e técnica, e a crítica à manipulação de indicadores educacionais. O movimento também exige melhores condições de trabalho, valorização salarial e o fim do confisco das aposentadorias e pensões dos servidores.
“O governo Mauro Mendes se recusa a dialogar com os trabalhadores da educação. Vamos ocupar as ruas para exigir respeito às pautas da categoria”, afirma o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira. Ele ressalta ainda a sobrecarga dos profissionais técnicos e de apoio educacional, que enfrentam rotinas exaustivas diante da redução de pessoal nas escolas.
A paralisação em Mato Grosso acompanha a jornada nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que denuncia o avanço da privatização do ensino público, a militarização das escolas e o esvaziamento da gestão democrática. Entre os principais alvos estão os projetos que minam direitos históricos, como o piso salarial, os planos de carreira e os concursos públicos.
Em Mato Grosso, o Sintep-MT destaca uma série de retrocessos, como o fechamento de escolas, exclusão de turmas, cortes de funcionários e a transferência de matrículas para os municípios sem as devidas compensações financeiras. Essas ações têm gerado um efeito cascata sobre as redes municipais, que hoje enfrentam superlotação de salas, contratos precários e falta de creches para a educação infantil.
“O que vemos é um cenário de adoecimento generalizado. Nas visitas que fizemos, a principal queixa é o número elevado de licenças médicas. Isso mostra que nossos profissionais estão sobrecarregados e adoecendo no ambiente escolar”, afirma o secretário de Redes Municipais do Sintep-MT, Henrique Lopes.