
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que estará se licenciando do mandato parlamentar para permanecer nos Estados Unidos. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar justificou sua decisão alegando que o Brasil atravessa um “período de exceção” e que ele pretende buscar punições contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A declaração de Eduardo reflete a insatisfação persistente do núcleo bolsonarista com as decisões do STF, especialmente as comandadas por Moraes, que preside inquéritos envolvendo aliados do ex-presidente.
Embora o deputado não tenha especificado quais ações tomará nos EUA, aliados do bolsonarismo têm intensificado esforços para levar denúncias contra Moraes a órgãos internacionais e ao governo norte-americano.
Vale ressaltar que a licença não implica em renúncia, permitindo que Eduardo Bolsonaro continue exercendo influência política à distância. Nos últimos meses, ele tem participado de eventos conservadores nos EUA e mantido diálogo com membros do Partido Republicano.
Essa decisão ocorre em um contexto de crescente polarização no Brasil, com investigações contra aliados de Bolsonaro avançando no Judiciário. O STF, por sua vez, reafirma que suas ações são constitucionais e que não há perseguição política contra opositores.
O afastamento de Eduardo Bolsonaro da Câmara reforça a estratégia da ala bolsonarista de buscar apoio internacional contra o que consideram abusos do Judiciário brasileiro, em meio ao acirramento do embate político entre os poderes.