
Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do trágico acidente aéreo da LaMia em 2016, que vitimou 71 pessoas, incluindo parte do time da Chapecoense, viveu outro episódio de risco em sua vida em 2021. No dia 2 de março, o ônibus em que ele viajava sofreu um grave acidente na rodovia Cochabamba-Santa Cruz, na Bolívia. O veículo despencou de um barranco de 150 metros, mas, surpreendentemente, Tumiri saiu ileso, mais uma vez desafiando as estatísticas da tragédia.
Em entrevista à emissora boliviana Red Uno, Tumiri descreveu o momento do acidente. “Agarrei-me ao assento e inclinei-me para trás”, relatou. Para ele, escapar ileso foi um verdadeiro milagre: “Sinto-me muito abençoado”, afirmou, demonstrando gratidão pela sua sobrevivência.
Ao ser questionado sobre as semelhanças entre esse acidente e o da LaMia, Tumiri se disse entregue à fé: “O que eu sempre faço, mesmo nessa hora, é me entregar a Deus e nada vai acontecer comigo”, revelou. Ele passou por uma cirurgia e, felizmente, se recuperou bem após o incidente.
Em sua trajetória como sobrevivente, Tumiri também recorda o dramático acidente aéreo de 2016. No documentário “Dossiê Chapecó: O Jogo Por Trás da Tragédia”, o comissário de bordo relembrava os momentos tensos antes do desastre, como os problemas com o combustível e as sensações estranhas a bordo. “Comecei a me inquietar com as coisas”, contou, ao perceber as vibrações da aeronave momentos antes da queda.
Em 2016, Tumiri compartilhou em uma entrevista como se protegeu durante o acidente. “Sobrevivi porque segui todos os protocolos de segurança”, explicou. Ele se lembrou de colocar malas entre as pernas e adotar a posição fetal, uma das recomendações para aumentar as chances de sobrevivência em casos de emergência.
As investigações sobre a queda do voo da LaMia apontaram que o avião não sofreu falhas técnicas, mas sim um esgotamento de combustível, o que causou a tragédia.