
Um caso chocante está ganhando repercussão internacional após Logan Gifford, de 26 anos, levantar a possibilidade de ser o pai biológico de seu próprio irmão mais novo, hoje com 15 anos. Segundo o jovem, a suspeita surgiu após anos de abusos sexuais cometidos por sua mãe, Doreene Gifford, que está presa por crimes contra menores.
Logan afirma que os abusos começaram quando ele tinha apenas 10 anos e duraram até cerca de 2014. Em seu depoimento ao tribunal, ele narrou episódios perturbadores, incluindo um ocorrido em 2008 — período que coincide com a concepção do irmão caçula, que tem desafios cognitivos.
“Olhe a bagunça que me resta. Eu não pedi nada disso”, disse Logan ao Las Vegas Review Journal. A hipótese de paternidade surgiu durante sessões de terapia e, desde então, ele entrou com uma petição na Justiça para realizar um teste de DNA. “Sentar aqui e dizer que meu irmão pode ser o produto da minha agressão sexual é algo muito visceral para se pensar como um sobrevivente do sexo masculino”, desabafou.
O advogado de Logan, Jeffrey Treffinger, confirmou que Doreene nega as acusações, mas estaria disposta a realizar o exame de paternidade. A mulher foi libertada sob condicional em julho de 2024, mas acabou presa novamente em janeiro deste ano por violar a medida judicial que a impedia de manter contato com a vítima.
Até o início de 2025, o irmão mais novo vivia com o pai, Theodore Gifford. Agora, Logan detém a tutela temporária do garoto. “Ele merece ter uma qualidade de vida onde ele esteja confortável, onde ele possa ser uma criança”, afirmou.
Além dos abusos sexuais, Logan relata uma infância marcada por negligência, exposição a drogas e a trágica morte por afogamento de outro irmão, Liam, aos três anos, o que teria envolvido os serviços de proteção à criança na época.
Doreene Gifford está detida no Centro Correcional Feminino Florence McClure e deve passar por nova audiência de liberdade condicional em abril. Enquanto isso, Logan busca na Justiça respostas para um passado que ele descreve como devastador: “Eu era uma criança quando tudo isso aconteceu e, no entanto, agora sou responsável por juntar os pedaços”.