
Citado em investigação sobre suposto desvio de R$ 28 milhões em emendas parlamentares, o deputado estadual Faissal Callil (PL) chamou as denúncias de falsas, acusou a delegada Juliana Rado de leviandade e desafiou a polícia a apresentar provas concretas contra ele e sua família.
O deputado estadual Faissal Callil (PL) reagiu com veemência às acusações feitas pela Polícia Civil de Mato Grosso no inquérito que apura o suposto desvio de R$ 28 milhões em emendas parlamentares destinadas à compra de kits agrícolas. Em um vídeo publicado nesta quarta-feira (18), o parlamentar negou qualquer envolvimento no esquema e classificou as denúncias como “falsas e manipuladas”.
Segundo a investigação, ao menos 14 deputados destinaram verbas a municípios onde parentes seus concorreram nas eleições, o que levanta suspeitas de uso eleitoreiro das emendas. Faissal, entretanto, contestou as acusações e disse que está sendo alvo de uma farsa construída com documentos forjados.
“A delegada afirmou que eu, Avalone, Wilson e Juca usamos emendas para beneficiar parentes candidatos. Isso é uma mentira, uma farsa, feita para abrir processo na Justiça e acionar a Polícia Federal. O objetivo é apenas causar constrangimento”, declarou.
Faissal também desmentiu a existência de uma emenda de R$ 10 milhões atribuída ao deputado Carlos Avalone ao Pronatur, apontada em um trecho da auditoria usada na investigação. “Essa emenda não existe. Isso é gravíssimo. Quem fez isso precisa responder por falsidade ideológica”, disse.
Outro ponto criticado pelo parlamentar foi o servidor Paulo, responsável por parte do relatório técnico que embasa o inquérito. Para Faissal, é necessário saber se há motivação política por trás do documento. “Por que ele está forjando documentos públicos para criar um frisson que nunca existiu nesta Casa?”, questionou.
O deputado também defendeu a irmã, Paula, mencionada no inquérito como suposta beneficiária dos kits. “Vocês imaginam o tamanho da maldade. Minha irmã nunca passou perto de um kit desses. Para afirmar algo assim, no mínimo, deveria haver um indício. Mas não tem”, garantiu.
Apesar das duras críticas, Faissal afirmou que apoia a investigação, desde que feita com responsabilidade e isenção. “Quero que tudo seja apurado e que o dinheiro público seja aplicado corretamente. Mas não podemos aceitar acusações infundadas, baseadas em documentos forjados e sem nenhuma evidência.”