Ana Barros 
Com as novas prisões, o número de detidos por envolvimento no homicídio de Renato Nery sobe para nove.
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta quinta-feira (17) mais uma fase da Operação Office Crime – O Elo, que investiga o assassinato do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido em julho de 2023, em Cuiabá.
Conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a nova etapa mira os suspeitos de intermediar a entrega da arma de fogo usada no crime, além de estabelecer ligações diretas com os mandantes do homicídio.
Com apoio da Delegacia de Primavera do Leste e da Corregedoria Geral da Polícia Militar, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra policiais militares suspeitos de envolvimento no caso.
Além disso, outros dois investigados, que não são servidores públicos, foram obrigados a usar tornozeleira eletrônica como medida cautelar, devido ao risco de fuga. Ambos residem em Primavera do Leste.
De acordo com os delegados Caio Albuquerque (titular da DHPP) e Bruno Abreu (responsável pelo inquérito), os quatro alvos fazem parte da cadeia de intermediação do crime, incluindo o fornecimento da arma aos executores.
Com as novas prisões, o número de detidos por envolvimento no homicídio de Renato Nery sobe para nove. “Foi possível confirmar o elo entre os mandantes, os intermediários e os executores. A investigação continua para garantir o completo esclarecimento do caso”, afirmaram os delegados.
Relembre o caso
Renato Gomes Nery, de 72 anos, foi baleado na frente do próprio escritório em Cuiabá, no dia 5 de julho de 2023. Ele chegou a passar por cirurgia em um hospital da capital, mas não resistiu aos ferimentos.
Desde então, a DHPP realiza diligências técnicas e periciais para esclarecer o crime, que teria sido motivado por uma disputa de terras, segundo apontam as investigações.
Redação 