
O principal peso no bolso do consumidor veio do grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 1,17% e respondeu por quase metade da inflação do mês (0,25 ponto percentual).
A inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), registrou alta de 0,56% em março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE. O índice veio acima da expectativa do mercado (0,54%) e acendeu novo alerta no cenário econômico.
Apesar de mais branda que a alta de 1,31% registrada em fevereiro, a inflação de março é uma das maiores para o mês em mais de duas décadas, igualando o ritmo de 2003.
Alimentos puxam a inflação
O principal peso no bolso do consumidor veio do grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 1,17% e respondeu por quase metade da inflação do mês (0,25 ponto percentual).
Entre os itens que mais encareceram estão:
- Tomate: +22,55%
- Ovos: +13,13%
- Café moído: forte alta, influenciado por quebras de safra no Brasil e Vietnã
Problemas climáticos, aumento nos custos de produção e demanda sazonal explicam o aumento nos preços.
Outros destaques do IPCA
- Transportes: +0,46%
- Passagens aéreas: +6,91%
- Gasolina: +0,51%
- Despesas pessoais: +0,70%
- Destaque para lazer e entretenimento, com cinema, teatro e shows subindo 7,76%
- Habitação: avanço mais leve (+0,24%) após forte alta em fevereiro
- Energia elétrica ficou praticamente estável (+0,12%)
Curitiba e Porto Alegre lideram alta
Entre as capitais, as maiores inflações foram registradas em:
- Curitiba e Porto Alegre: +0,76%
- Já Rio Branco e Brasília tiveram as menores variações: +0,27%, com queda nos preços do transporte urbano e aéreo.
Com o resultado, o IPCA acumula 5,48% nos últimos 12 meses, acima do teto da meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5% para 2025.