
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão domiciliar na cidade, expedidos pela Vara Criminal de Água Boa
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta terça-feira (15), a Operação Verdades Ocultas 2 com foco em desarticular um grupo criminoso envolvido no desaparecimento e suposta execução de um casal em Cocalinho (MT). As vítimas, Glênia Borges da Silva Souza, de 41 anos, e Deived de Oliveira Ferreira, de 21, estão desaparecidas desde 12 de janeiro deste ano.
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão domiciliar na cidade, expedidos pela Vara Criminal de Água Boa. Entre os alvos estão três adultos e dois adolescentes, todos investigados por tortura, homicídio, ocultação de cadáver e participação em organização criminosa.
Tortura e execução
As investigações indicam que o casal havia saído de Brasília, após desentendimentos com uma facção criminosa devido a dívidas relacionadas ao tráfico de drogas e envolvimento em furtos. Eles chegaram a Cocalinho no dia 08 de janeiro, após embarcarem em um ônibus em Goiânia (GO). Sem apoio da família, acabaram hospedados em uma casa conhecida como ponto de tráfico e consumo de entorpecentes.
Segundo a Polícia Civil, os dois teriam sido sequestrados por integrantes da facção, levados para a casa de outro membro do grupo, onde foram supostamente torturados e mortos, com os corpos ocultados em seguida. Não há qualquer indício de que tenham deixado a cidade, o que reforça a hipótese de assassinato por ordem da facção.
Avanço da investigação
O delegado regional de Água Boa, Valmon Pereira da Silva, responsável pelo caso, destacou que os mandados visam aprofundar as investigações sobre o envolvimento dos suspeitos no desaparecimento e possível homicídio do casal.
“As ordens de buscas são fundamentais neste momento, uma vez que há fortes indícios de envolvimento deles no desaparecimento do casal, possivelmente culminando em homicídio e ocultação dos cadáveres”, afirmou.
Operação Verdades Ocultas
Esta é a segunda fase da Operação Verdades Ocultas, que teve início no dia 21 de março, quando a Polícia Civil investigava outros crimes semelhantes atribuídos ao mesmo grupo criminoso.
O nome da operação faz referência ao esforço da Polícia em esclarecer crimes violentos cujos desfechos ainda permanecem encobertos, como o desaparecimento e ocultação de cadáveres na região.
A ação faz parte do plano estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso para combate às facções, dentro da Operação Inter Partes, que integra o programa Tolerância Zero do Governo do Estado.