
O novo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Deosdete Cruz, tomou posse nesta sexta-feira (7), consolidando sua nomeação pelo Quinto Constitucional após tentativas frustradas do deputado federal Emanuelzinho (MDB) de impedir sua indicação.
O parlamentar recorreu ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), alegando que a escolha do governador Mauro Mendes (União Brasil) teria sido motivada por interesses políticos e pessoais, insinuando uma suposta “parceria recíproca” entre os dois. No entanto, os órgãos de controle rejeitaram os questionamentos, afastando qualquer suspeita de parcialidade na nomeação.
Nos bastidores, a estratégia de Emanuelzinho envolveu uma ofensiva jurídica e política, incluindo articulações para obter apoio de lideranças da oposição e até mesmo uma tentativa de judicializar o processo, alegando que Deosdete teria proximidade excessiva com o governador. O movimento foi interpretado como parte de uma disputa de influência no Judiciário, mas não obteve sucesso.
Após a posse, Deosdete Cruz minimizou as acusações e destacou a imparcialidade de sua atuação. “Os órgãos de controle existem exatamente para serem acionados quando necessário. O deputado exerceu seu direito, e confiamos no sistema de Justiça. A decisão que refutou qualquer acusação de parcialidade foi unânime no CNMP”, afirmou.
Ele também rebateu as insinuações sobre sua relação com o Executivo estadual. “Ao longo da minha trajetória como Procurador-Geral da Justiça e Subprocurador-Geral, sempre mantive um relacionamento institucional com todos os poderes. Não há qualquer impedimento para julgar causas que envolvam o Estado, desde que cada caso seja analisado com a devida imparcialidade. Se houver algum processo no qual atuei anteriormente, ele será repassado a outro desembargador”, explicou.
A cerimônia de posse foi prestigiada por diversas autoridades, incluindo o governador Mauro Mendes, os senadores Jayme Campos (União), Margareth Buzetti (PSD) e Wellington Fagundes (PL), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, o procurador-geral do MPE, Rodrigo Fonseca, o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), e o presidente da AMM, Leo Bortolin.