
A influenciadora digital Cíntia Chagas foi condenada pela Justiça de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 17 mil ao ex-marido Luiz Fernando Garcia, com quem foi casada entre 2019 e 2020. A sentença foi motivada por publicações feitas por ela nas redes sociais, onde chamava o ex-companheiro de “bandido” e o acusava com base na Lei Maria da Penha.
Segundo o juiz Celso Lourenço Morgado, responsável pela decisão, o conteúdo divulgado para um público de mais de 263 mil seguidores teve “intenção evidente de atacar a honra do autor”. A Justiça considerou que as declarações públicas foram falsas e geraram danos morais ao empresário.
Além das postagens, Cíntia também registrou um boletim de ocorrência contra Garcia, que também foi questionado judicialmente. O juiz entendeu que a influenciadora extrapolou os limites da liberdade de expressão ao fazer acusações sem provas suficientes.
Este não é o único imbróglio jurídico envolvendo a influenciadora. Atualmente, Cíntia também trava uma disputa judicial com o deputado estadual Lucas Bove (PL), outro ex-marido, a quem ela acusa de violência doméstica. O parlamentar nega as acusações, e o processo corre sob segredo de justiça.
VEJA NOTA DA INFLUENCIADORA
“A pretensão de Lucas Bove de que Cíntia Chagas seja privada de sua liberdade com base em meras ilações e pela manifestação do pensamento revela-se absolutamente descabida — e juridicamente aberrante. O que se constata, com perplexidade, é o uso indevido do processo penal para fins de intimidação, em nítida tentativa de inverter os papéis entre agressor e vítima”, diz a nota.




“Trata-se de mais um capítulo da revitimização processual, em que se busca colocar no banco dos réus a mulher que teve coragem de denunciar, enquanto o verdadeiro investigado tenta, por vias tortas, se esquivar das imputações que contra si recaem. É inadmissível que o sistema de Justiça se preste a esse tipo de manipulação, sob pena de se transformar em instrumento de perpetuação da violência de gênero”, completa a defesa.Play Video
O caso teve início em setembro do ano passado, quando Cíntia registrou um boletim de ocorrência contra Bove, acusando-o de violência física e psicológica. O deputado nega as acusações e a investigação segue em sigilo.