
Quatro policiais militares do Batalhão de Policiamento de Trânsito Urbano e Rodoviário de Cuiabá foram presos neste sábado (29) suspeitos de extorquir R$ 2 mil de um caminhoneiro na região de Juína, a 734 km da capital. A abordagem ocorreu durante a Operação MT Segura, na rodovia MT-170, próximo ao município de Castanheira.
Os policiais detidos foram identificados como o 3º Sargento Anderson de Almeida Leite, o 2º Sargento Dênis da Silva Castro, o Soldado Bruno Magalhães da Rocha e um quarto militar, conhecido apenas como Subtenente Elias. Segundo o boletim de ocorrência, os agentes exigiram a quantia em dinheiro para liberar um caminhão que apresentava irregularidades.
De acordo com a vítima, o caminhão era utilizado exclusivamente em uma propriedade rural e foi levado para conserto a pedido do patrão. Na volta, o veículo foi parado pelos policiais. Durante a abordagem, o caminhoneiro acionou um colega para relatar a situação. Este questionou se o pagamento poderia ser realizado via Pix, mas os policiais exigiram que o valor fosse entregue em espécie. O dinheiro foi sacado em um posto de combustível e entregue aos militares, que em seguida liberaram o caminhão.
O empregador do caminhoneiro, ao tomar conhecimento do ocorrido, denunciou o caso às autoridades e apresentou um vídeo que comprovava a identidade dos PMs envolvidos. A Polícia Militar identificou os suspeitos e tentou localizá-los em Castanheira, mas eles já estavam a caminho de Tangará da Serra. Dessa forma, uma equipe de Campo Novo do Parecis foi acionada para interceptá-los.
Na abordagem, os policiais foram submetidos a revista pessoal e veicular. Durante a busca, foram encontradas quatro porções de pasta base de cocaína e uma porção de maconha em posse do PM Anderson. Os demais carregavam apenas seus pertences pessoais e armamentos.
Os quatro militares foram conduzidos à delegacia de Brasnorte, onde receberam voz de prisão pelos crimes de concussão, prevaricação e posse de drogas ilícitas.
A Polícia Militar de Mato Grosso divulgou uma nota oficial informando que a Corregedoria-Geral abriu um procedimento administrativo para investigar o caso. “A Polícia Militar ressalta que não coaduna com nenhum tipo de atividade ilícita por parte de membros da sua instituição e adotará todas as medidas que o caso requer”, destacou a corporação em comunicado.
A investigação segue em andamento para esclarecer os detalhes da ação criminosa e determinar as responsabilidades dos envolvidos.