
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou nesta quarta-feira (16) uma investigação para apurar a divulgação de um vídeo em que policiais militares aparecem queimando uma cruz. As imagens foram veiculadas nas redes sociais do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), de São José do Rio Preto, interior paulista, e causaram ampla repercussão nas redes.
No vídeo, gravado em um local aberto durante a noite, os agentes aparecem com o braço erguido na altura do ombro — gesto que foi interpretado por internautas como semelhante a uma saudação nazista. A cena também remete a rituais da organização supremacista branca norte-americana Ku Klux Klan, segundo apontou o Ministério Público.
Diante das críticas, o conteúdo foi apagado, mas continua circulando amplamente nas redes sociais. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou, em nota, que repudia qualquer forma de intolerância e que um procedimento interno foi instaurado para apurar as circunstâncias do caso.
A Polícia Militar, por sua vez, alegou que o vídeo foi produzido durante o encerramento de um treinamento noturno conduzido pelo próprio batalhão, e que a queima da cruz simbolizaria a superação de limites físicos e psicológicos. A corporação negou qualquer intenção de associar o ato a ideologias religiosas, raciais ou políticas e reforçou o repúdio a qualquer menção a símbolos nazistas ou atitudes discriminatórias.
O caso segue em apuração pelo MPSP e pela própria PM.