Taxa das blusinhas: Receita dos Correios despenca com imposto sobre compras internacionais
Ana Barros 
Brasilia - O Banco do Brasil e Os Correios inauguram hoje agência do órgão postal no edifício sede do BB. No evento serão divulgados os resultados das duas primeiras semanas de funcionamento do Banco Postal como correspondente do Banco do Brasil. Participam da cerimônia o vice-presidente de Negócios dos Correios, José Furian Filho, e o vice-presidente de Varejo, Distribuição e Operações do BB, Dan Conrado.
Antes da nova taxa, a projeção de arrecadação da estatal era de R$ 5,9 bilhões com o crescimento do e-commerce internacional.
Um estudo interno dos Correios revela o tamanho do prejuízo causado pela “taxa das blusinhas” — nome popular da medida que extinguiu a isenção de imposto para importações de até US$ 50. Desde que a nova regra entrou em vigor, em agosto de 2024, a estatal deixou de arrecadar R$ 2,2 bilhões em receitas previstas para o ano.
A medida, sancionada pelo presidente Lula, aumentou a arrecadação do Governo Federal e foi celebrada por grandes varejistas nacionais. No entanto, para os Correios, a mudança significou uma queda brusca no volume de envios internacionais — especialmente das compras em plataformas populares como Shein, Shopee e AliExpress.
Antes da nova taxa, a projeção de arrecadação da estatal era de R$ 5,9 bilhões com o crescimento do e-commerce internacional. Após a mudança, o valor efetivamente arrecadado ficou em R$ 3,7 bilhões — R$ 2,2 bilhões a menos que o estimado.
O estudo evidencia que, embora a medida tenha agradado ao setor varejista nacional, o impacto foi direto no bolso da população de baixa renda e na receita da maior empresa logística do país, que enfrenta desafios financeiros e operacionais nos últimos anos.
Redação 
