
Na época, a proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa, e caberia ao TRE definir a data do plebiscito para ouvir os moradores.
Pouca gente lembra, mas lá em 2002, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou um decreto autorizando um plebiscito para decidir se o bairro Pedra 90, em Cuiabá, poderia se emancipar e se tornar um novo município.
A proposta foi apresentada pelo então deputado estadual Pedro Satélite, que tinha o apoio de boa parte da população local. Mais de 5 mil moradores assinaram um abaixo-assinado demonstrando o desejo de ver o bairro crescer com autonomia administrativa. Pedro Satélite, inclusive, acreditava que o bairro reunia todos os critérios exigidos por lei para virar cidade. Infelizmente, ele faleceu em janeiro de 2024, antes de ver o desfecho dessa história.
E o que motivava esse desejo de emancipação?
Na época, Pedra 90 já dava sinais de que cresceria muito. E o tempo mostrou que o potencial era real: hoje o bairro é praticamente uma cidade dentro de Cuiabá. Conta com grandes comércios, bancos, lotérica, escolas, um miniestádio, e infraestrutura de dar inveja a muitos municípios do interior. O desenvolvimento é visível — e a identidade do bairro também. Pedra 90 virou um polo importante da capital mato-grossense.
Na época, a proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa, e caberia ao TRE definir a data do plebiscito para ouvir os moradores. No entanto, o processo acabou não avançando — e o sonho da emancipação está adormecido por mais de 20 anos.
🏛 O que é emancipação?
A emancipação política-administrativa é quando um bairro ou distrito deixa de fazer parte de um município maior para se tornar uma cidade independente, com prefeito, câmara de vereadores e orçamento próprio. Isso pode trazer mais autonomia para gerir recursos e melhorar serviços públicos, mas também exige estrutura e responsabilidade fiscal.
No caso do Pedra 90, a população poderia decidir nas urnas se queria ou não dar esse passo histórico.