
Para o deputado, a pena é desproporcional
Em menos de 24 horas, um vídeo publicado pelo federal Nikolas Ferreira (PL-MG) agitou as redes sociais. defendendo a anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro, ultrapassou a marca de 50 milhões de visualizações, somando números de Instagram, TikTok, X e YouTube.
A publicação segue a mesma linguagem e estilo do vídeo anterior, sobre a regulamentação do Pix, que viralizou no início do ano e forçou o governo federal a se explicar. Desta vez, Nikolas traz à tona a discussão sobre a possível anistia aos presos por participação nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Durante o vídeo, Nikolas menciona casos específicos para embasar seu argumento. Um deles é o de Débora Rodrigues dos Santos, uma cabeleireira condenada a 14 anos de prisão. Segundo a sentença, além de participar da invasão, ela escreveu a frase “perdeu, mané” com batom em uma estátua no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o deputado, a pena é desproporcional:
“Estão condenando como se fossem terroristas pessoas que, muitas vezes, não quebraram absolutamente nada. Uma mulher que escreveu algo com batom pegou 14 anos. Isso é justiça?”, questiona Nikolas no vídeo.
“Anistia: o que você tem a ver com isso?”
O mote da campanha, que já viraliza em perfis conservadores e páginas de direita, é direto:
“Anistia: o que você tem a ver com isso?”.
Nikolas argumenta que, independentemente da opinião política, o debate sobre penas desproporcionais e direitos civis deveria preocupar qualquer brasileiro.
Repercussão e impacto político
Aliados do governo classificaram a movimentação como “irresponsável” e “populista”, enquanto apoiadores do deputado passaram a pressionar parlamentares nas redes. A hashtag #AnistiaJá figurou entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter) na noite de quinta (3).
O vídeo reacende uma pauta que divide o Congresso e o país: a proposta de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. O tema já foi defendido por nomes da oposição e por alguns juristas, mas enfrenta forte resistência da base governista e do Supremo Tribunal Federal.